Inf6 18/set/12
Principais notícias do dia sobre diabetes e
saúde no Brasil e no mundo
Maioria das pessoas
não sabe que têm diabetes
Doença
atinge 200 milhões de pessoas no mundo, mas muitos desconhecem serem portadores
Desde 1991 o Dia Mundial do Diabetes é comemorado
em 14 de novembro. O objetivo é conscientizar a população sobre a doença que já
atinge cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, mas que muitos desconhecem
serem portadores.
A doença ocorre quando o organismo não produz insulina
(hormônio gerado no pâncreas que transporta a glicose para as células)
suficiente ou resiste à sua ação, resultando em taxas de glicose no sangue
excessivamente altas.
Assim, aparecem os sintomas e as complicações do diabetes, como sede excessiva, fome em excesso, náuseas,
visão turva, sonolência e diminuição da disposição para praticar atividades
físicas.
A longo prazo, as complicações começam a aumentar e
daí a importância do controle de glicose desde o momento em que a doença é
diagnosticada. Isto porque o acúmulo desta substância nas paredes dos vasos
sanguíneos provoca o seu espessamento.
Com isso, o transporte de sangue necessário aos
tecidos é comprometido, podendo gerar doenças como a aterosclerose e alterações
fisiológicas no coração, no cérebro, nas pernas, nos olhos (comprometendo a
visão), nos rins (insuficiência renal), nos nervos (formigamentos e redução das
sensações) e na pele.
O diabetes mellitus (nome completo da doença)
divide-se em dois grupos. No tipo 1, o mais raro (ocorre em apenas 10% dos
diabéticos), as células que produzem a insulina no pâncreas são destruídas pelo
organismo, comprometendo a produção de insulina.
No diabetes tipo 2, o
portador da doença produz a quantidade necessária de insulina, no entanto, seu
organismo desenvolve uma certa resistência ao hormônio, impedindo o controle
das taxas de glicose.
Uma dieta equilibrada é imprescindível para que não
ocorram problemas como hipoglicemia (falta de glicose no sangue) ou carência de
outros nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.
Acompanhamento médico e atividade física farão com
que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida e amenize os problemas
causados pela doença. Vale ressaltar a importância de evitar a ingestão de
doces, se alimentar regularmente e não ficar mais de 3 horas em jejum.
Diabetes: Português preside à federação internacional
Pela primeira vez nos mais de 60 anos da
instituição, um português vai presidir à Federação Internacional de Diabetes -
Região Europa (IDF Europa). João Nabais, de 43 anos, é professor na
Universidade de Évora e vai assumir formalmente o cargo no próximo domingo, 23
de Setembro.
Na Assembleia Geral marcada para esse dia, o até
agora presidente-eleito, diabético desde os 12 anos de idade, vai assumir em
pleno a função, escolhendo também uma nova equipa de trabalho para os três anos
que aí vêm. Embora as prioridades para o próximo triénio estejam ainda por
definir, o português assume desde logo alguns compromissos.
"É urgente pôr em prática soluções que
impeçam o contínuo aumento do número de pessoas com diabetes tipo 1 ou 2. Por
isso, a IDF Europa pretende incrementar uma ligação ainda mais profunda com os
nossos membros, as associações nacionais, para que o combate à diabetes seja
mais próximo, junto das pessoas que mais precisam", adianta João Nabais,
em comunicado.
Além disso, promete, a defesa da causa será
também reforçada, tal como a luta contra a discriminação. "É fundamental
colocar a diabetes na agenda das instituições europeias, criando uma estratégia
concreta para combater uma doença que já afeta cerca de um milhão de
portugueses e mais de 32 milhões de cidadãos da UE, quase 10% do total da
população dos estados membros", defende.
João Nabais não esquece igualmente a importância
de formar uma nova geração de líderes no combate à diabetes pelo que outra das
suas prioridades enquanto presidente da IDF Europa será “fortalecer o Campo
Internacional de Jovens Adultos”.
Antes da Assembleia Geral da IDF Europa, no dia
22 de Setembro, vai decorrer a Reunião Anual da instituição, que contará com a
participação de 130 participantes europeus. Durante o evento, a Associação
Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) - a mais antiga associação do
mundo na luta contra a diabetes - vai apresentar o trabalho que tem
desenvolvido e os últimos números da doença em Portugal.
A Federação Internacional da Diabetes - Região
Europa representa 62 associações de diabetes, defendendo os direitos de cerca
de 32 milhões de pessoas com esta doença.
Apresentação de artigos
publicados na revista Diabetes Care é tema de reunião científica
Acontece nesta terça-feira (18/09), a partir das 11h30, o
encontro científico sobre "Reunião de Atualização em Diabetes:
Apresentação de artigos selecionados publicados na revista Diabetes Care em
julho e agosto de 2012 - Overview e Discussão", realizado pelo Centro de
Diabetes Curitiba (CDC). A apresentação será coordenada por Andressa Miguel
Leitão, endocrinologista do CDC. A reunião é destinada a médicos, a
médicos residentes e a acadêmicos. A reunião científica acontece todas as
terças-feiras, no Centro de Estudos do Hospital Nossa Senhora das Graças, 3.º andar.
Sobre o Centro de Diabetes Curitiba
O Centro de Diabetes Curitiba foi criado em 1999 e usou como
modelo o International Diabetes Center de Minneapolis, nos Estados Unidos. Tem
como sócios os endocrinologistas André Vianna, Andressa Leitão, Claudio
Lacerda, Edgard Niclewicz, Luciana Pechmann e Mauro Scharf. Localizado dentro
do Hospital Nossa Senhora das Graças, o Centro de Diabetes Curitiba oferece
atendimento multidisciplinar e conta com uma equipe de médicos especializados,
além de realizar pesquisas clínicas e estudos
científicos em níveis nacional e internacional. Mais informações no site www.centrodediabetescuritiba.com.br
Expectativa de vida
na América Latina sobe 4 anos em uma década
Os latino-americanos ganharam quatro anos em
expectativa de vida na década de 2000 graças a uma redução de 11% na
mortalidade, mas os benefícios não foram iguais para todos os grupos sociais,
revelou nesta segunda-feira um relatório da Organização Pan-Americana de Saúde
(OPS).
A média de idade dos latino-americanos era de 76,2
anos em 2010, quando em 2000 era de 72,2 anos. Entre 2000 e 2009, o número de
pessoas com idades acima de 60 anos aumentou de 92 milhões para quase 120
milhões, mas a mortalidade caiu, graças a um acesso maior à saúde pública. Mas
a região continua sendo a mais desigual do planeta.
"Se quisermos ter uma expectativa de vida
maior e uma qualidade de vida melhor, é essencial lutar incansavelmente pela
igualdade na saúde pública", explicou no relatório a diretora da
organização, a argentina Mirta Roses. Após cinco anos à frente da OPS, Roses
conclui seu mandato em dezembro deste ano.
Os 35 países membros da OPS abriram nesta semana
uma assemblea ministerial em Washington para eleger seu substituto e para
examinar os desafios a médio prazo na região, como a Aids ou os focos de
doenças desaparecidas na região, como a cólera no Haiti após o terremoto de
2010.
Ao mesmo tempo em que melhora o nível de saúde,
persistem desafios como as doenças não-transmissíveis, como a diabetes ou a
obesidade. As mortes por armas de fogo, os acidentes de trânsito, as carências
na região relacionadas às doenças mentais também são desafios para o futuro,
considerou Roses em seu relatório.
A OPS completa 110 anos de existência em 2012, e é
a organização internacional de saúde mais antiga do planeta.
Pessoas
que leem os rótulos dos alimentos seriam mais magras
Uma equipe de cientistas da Universidade de
Santiago de Compostela garante que a leitura de rótulos dos produtos
alimentares está ligada à prevenção da obesidade, especialmente em mulheres. De
acordo com o estudo, que usou dados dos Estados Unidos, os consumidores do sexo
feminino que consultam os rótulos dos alimentos pesam cerca de 4kg a menos do
que as que não leem.
Junto com as Universidades de Tennessee, nos EUA, e
do Norwegian Institute for Agricultural Finance Research, a Universidade de
Santiago de Compostela participou de um estudo sobre a relação entre a leitura
do rótulo dos alimentos e obesidade.
Os resultados indicaram que o índice de massa
corporal dos consumidores que leem esse rótulo é 1,49 pontos menor do que
aqueles que nunca consideram tais informações ao fazerem suas compras. Isso se
traduz como uma redução de 3,91 kg para uma mulher americana que mede 1,62 e
pesa 74kg.
Cerca de 25.640 foram coletadas sobre saúde,
hábitos alimentares e comerciais. Estes incluíram várias perguntas sobre se os
participantes liam a informação nutricional em supermercados e quantas vezes.
"Primeiro analisamos qual era o perfil de quem
lê o rótulo nutricional e, depois, fizemos o relacionamento com o seu
peso", explicou María Loureiro, principal autora do estudo publicado no
jornal Agricultural Economics.
"A obesidade é um dos problemas de saúde mais
graves nos EUA", descreveu a pesquisadora. "O número de adultos com
sobrepeso ou obesidade tem aumentado ao longo dos anos. De 2009 a 2010, mais de
um terço (cerca de 37%) da população adulta no país eram obesos. Em crianças e
adolescentes esse número sobe para 17%.
O estudo também mostra que a população fumante
presta muito menos atenção a isso. De acordo com a pesquisadora, "o seu
estilo de vida envolve hábitos menos saudáveis e, como consequência, poderia
ser este o motivo pelo qual eles não estão tão preocupados com o conteúdo
nutricional dos alimentos que comem", acrescentou.
Levando em consideração o sexo, 58% dos homens ou
habitualmente ou sempre leem as informações contidas dentro de rótulos
nutricionais. No entanto, esta percentagem é de 74% para as mulheres.
"Em geral, o impacto associado é maior entre
as mulheres do que os homens", acrescenta a pesquisadora. Em média, as
mulheres que leem a informação nutricional têm um índice de massa corporal de
1,48 pontos mais baixos, e apenas 0,12 pontos nos homens.
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