quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Infodiet - 19/09/2012

Inf7   19/set/12


Principais notícias do dia sobre diabetes e saúde no Brasil e no mundo
Gêmeas brasileiras participam de corrida especial nos Estados Unidos
Vinte e cinco corredores de longa distância que se beneficiam de alguma tecnologia médica serão homenageados como Global Heroes (heróis globais) ao participarem da Maratona Medtronic Twin Cities ou da Medtronic TC Mile 10 (corrida de 10 milhas/16 quilômetros) em Minneapolis, nos Estados Unidos, no próximo dia 7 de outubro.
Participarão da competição atletas de Austrália, Áustria, Canadá, Israel, Noruega, África do Sul, Espanha, Estados Unidos e Brasil. Cada corredor tem um dispositivo médico para o tratamento de condições crônicas, como doenças cardíacas, diabetes, problemas de coluna, dores crônicas e distúrbios neurológicos.
A Medtronic lançou o programa Global Heroes em 2006 para comemorar as realizações e a paixão por correr dos atletas que superam os problemas de saúde e servem como inspiração para outros portadores de doenças crônicas. As gêmeas paulistanas Daniela e Gabriela Arantes, 29 anos e portadoras do diabetes tipo 1, estão entre as inscritas.
Daniela participará da TC Mile 10 e Gabriela correrá a Maratona Medtronic Twin Cities. Este é o segundo ano consecutivo em que corredores brasileiros estarão na competição. Em 2011, o endocrinologista Júlio César Batista Lucas, também usuário da bomba de insulina, correu a TC Mile 10.
Gabriela lida com a doença há dez anos, enquanto Daniela só foi diagnosticada em outubro de 2011. As duas irmãs são usuárias da bomba de insulina, um aparelho que envia a substância ao organismo 24 horas por dia, conforme uma programação indicada por um médico.
“A bomba de insulina mudou a minha vida. Antes, eu tinha que fazer várias paradas durante a corrida para monitorar meu nível de glicose no sangue. Hoje, simplesmente ajusto a dose de insulina com um botão. A bomba me proporciona uma liberdade que eu não tinha com outros métodos de aplicação da insulina”, disse Gabriela.
“Minha irmã me encorajou a usar a bomba de insulina”, conta Daniela. “Vê-la conviver com o diabetes por tantos anos me preparou para lidar com a doença, então não tive grandes dificuldades para me adaptar a uma nova rotina, nem mesmo na prática de esportes”, afirmou.
As irmãs Arantes são educadoras físicas e têm uma empresa de treinamento físico. Em 2012, o 30º aniversário da dupla será celebrado na Maratona Medtronic Twin Cities. A seleção dos Global Heroes é responsabilidade da Twin Cities In Motion, uma organização sem fins lucrativos que realiza a corrida e a maratona.
A Medtronic Foundation assumiu o compromisso de custear a inscrição e as despesas de viagem dos participantes selecionados, além de doar US$ 1 mil em nome de cada corredor a uma associação de pacientes que educa e apoia as pessoas que vivem com a mesma condição do atleta.
“O objetivo do programa é mostrar para as pessoas que, mesmo sendo portadoras de uma doença crônica e usuárias de uma tecnologia médica, podem seguir seus sonhos e viver uma vida ativa e plena,” afirma Oscar Porto, diretor geral da Medtronic no Brasil. “Estamos contentes por mais uma vez ter representantes do nosso país nesse importante evento,” completou.
Risco de diabetes é maior em bairros com pouca facilidade para caminhadas
Depender de automóvel para ir às compras ou a pequenas lojas de serviço pode aumentar em até 50% os riscos da doença
Bairros projetados para facilitar que os moradores caminhem com mais frequência podem ajudar a prevenir o diabetes. De acordo com um levantamento realizado por pesquisadores do Hospital St. Michael e do Instituto de Ciências Clínicas de Avaliação, e publicado no periódico Diabetes Care, pessoas que dependem mais do carro para serviços básicos, como pequenas compras, têm 50% mais chances de desenvolver a doença.
No estudo, descobriu-se que os riscos são particularmente mais altos para os novos imigrantes que moram em vizinhanças de baixa renda. Os bairros menos caminháveis são aqueles que têm poucos destinos que levam a caminhadas de 10 minutos, como lojas e serviços, que têm uma densidade residencial mais baixa e com menos conexão entre as ruas. Essas pessoas, segundo o estudo, têm até 50% mais chances de desenvolver o diabetes.

“Embora o diabetes possa ser prevenido com atividade física, uma alimentação saudável e perda de peso, descobrimos que o ambiente onde uma pessoa mora também funciona como um importante indicador para determinar o risco”, diz Gillian Booth, endocrinologista e pesquisadora do Hospital St. Michael e coordenadora do estudo.
 
Os casos de diabetes estão crescendo no Canadá, mas a mesma tendência ocorre globalmente, até mesmo em países menos industrializados. Isso se deve em parte à mudança residencial da área rural para a urbana em países em desenvolvimento. Essa mudança está, geralmente, associada a um aumento da exposição a alimentos não saudáveis, menos oportunidades de atividade física e a um risco aumentado de se tornar obeso e desenvolver diabetes.
 
Levantamento — O estudo analisou dados da população de Toronto com idade de 30 a 64 anos (mais de 1 milhão de pessoas), e identificou aqueles que não tinham diabetes. Essas pessoas foram acompanhadas por cinco anos para se verificar se os riscos de desenvolver diabetes aumentavam com base no local onde moravam.
 
Para determinar quais bairros eram mais propícios à caminhada, os pesquisadores desenvolveram um índice que tinha como base fatores como densidade populacional, conectividade entre as ruas e a disponibilidade de destinos caminháveis, como lojas e serviços acessíveis em uma caminhada de 10 minutos.
 
Segundo Gillian, os bairros menos caminháveis estavam localizados geralmente em áreas pouco desenvolvidas, uma característica da expansão urbana. “Estudos anteriores já haviam avaliado o quanto um bairro que propicia a caminhada pode afetar a saúde, mas esse é o primeiro a avaliar o risco de desenvolver uma doença”, diz. A especialista afirma ainda que os resultados enfatizam a importância do projeto dos bairros na influência da saúde de populações urbanas.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Unwalkable Neighborhoods, Poverty, and the Risk of Diabetes Among Recent Immigrants to Canada Compared With Long-Term Residents

Onde foi divulgada: revista Diabetes Care

Quem fez: Gillian L. Booth e equipe

Instituição: Hospital St. Michael e do Instituto de Ciências Clínicas de Avaliação

Dados de amostragem: Todos os adultos com idades entre 30 anos e 64 anos da cidade de Toronto

Resultado: Pessoas que moram em bairros mais propícios a pequenas caminhadas — como ir a pé para mercados e lojas de serviços — têm 50% menos chances de diabetes, quando comparados àqueles que dependem de automóveis.
 No "paradoxo da obesidade", magreza pode significar doença
Alguns anos atrás, Mercedes Carnethon, uma pesquisadora da diabetes na Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern, se viu diante de um enigma. A obesidade é o principal fator de risco para diabetes tipo 2, embora um número considerável de pessoas com peso normal também desenvolva a doença. Por quê?
Em pesquisas realizadas para responder a essa pergunta, Carnethon descobriu algo ainda mais surpreendente: os pacientes de diabetes com peso normal têm duas vezes mais probabilidade de morrer do que aqueles que estão acima do peso ou são obesos. Essa descoberta faz da diabetes o último exemplo de um fenômeno médico que intriga os cientistas. Eles o chamam de paradoxo da obesidade.
Em diversos estudos, pacientes acima do peso e moderadamente obesos com certas doenças crônicas muitas vezes vivem mais e têm melhores resultados que pacientes com peso normal com os mesmos problemas. O acúmulo de evidências está inspirando alguns especialistas a rever antigas suposições sobre a associação entre gordura corporal e doença.
O doutor Carl Lavie, diretor médico de reabilitação e prevenção cardíaca no Instituto do Coração e Vascular John Ochsner em Nova Orleans, foi um dos primeiros pesquisadores a documentar o paradoxo da obesidade, entre pacientes com insuficiência cardíaca em 2002. Ele passou mais de um ano tentando conseguir que um periódico publicasse suas descobertas.
"As pessoas achavam que havia algo errado com os dados", ele lembrou. "Elas diziam: 'Se a obesidade é ruim para a doença cardíaca, como isto pode ser verdade?'
Mas havia pistas em todo lugar. Um estudo descobriu que pacientes de diálise mais pesados tinham menor chance de morrer do que aqueles que tinham peso normal ou estavam abaixo do peso. Os pacientes acima do peso com doença coronariana se saíam melhor que os mais magros em outro estudo; a obesidade de moderada a severa não representava riscos adicionais de mortalidade.
Em 2007, um estudo com 11 mil canadenses durante mais de uma década descobriu que os que estavam acima do peso tinham a menor probabilidade de morrer de qualquer causa.
Até hoje os cientistas documentaram essas descobertas em pacientes com insuficiência cardíaca, doença cardíaca, derrame cerebral, doença renal, alta pressão sanguínea - e agora diabetes.
Os especialistas estão buscando explicações. Uma ideia é que quando uma doença crônica se desenvolve o corpo torna-se catabólico, o que significa que precisa de maiores reservas de energia e calorias que o comum. Se os pacientes não têm essas reservas, podem se tornar subnutridos apesar de terem peso normal, disse o doutor Gregg Fonarow, um dos diretores do programa de cardiologia preventiva da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Alguns pesquisadores suspeitam da genética: talvez pessoas magras que desenvolvem diabetes, doença cardiovascular e outras condições crônicas tenham variantes genéticas que as tornam mais suscetíveis a essas doenças e as colocam sob maior risco quando adoecem. Doença cardíaca em pessoas magras pode representar um problema diferente de doença cardíaca em pessoas mais pesadas, disse Lavie.
Talvez os médicos não tratem as pessoas magras de modo tão agressivo quanto os pacientes mais pesados - ou o próprio padrão de medição seja o culpado. A maioria dos pesquisadores avalia a obesidade medindo o índice de massa corporal (IMC), uma proporção simples entre altura e peso. Mas o IMC não leva em conta... gordura corporal, massa muscular magra, anomalias metabólicas e outras nuances de composição física.
Talvez, como dizem alguns especialistas, não estejamos fazendo a pergunta certa para começar. Talvez estejamos tão habituados a enquadrar as questões de saúde em termos de obesidade que estamos desprezando outras potenciais causas da doença.
O doutor Neil Ruderman, um endocrinologista na Escola de Medicina da Universidade de Boston, foi o primeiro a identificar uma condição que ele chamou de "peso normal metabolicamente obeso", em 1981. Essas pessoas têm peso na faixa normal da tabela do IMC, mas também têm anomalias metabólicas, que incluem altos níveis de resistência à insulina e triglicerídeos; elas tendem a acumular gordura na cintura, o que é mais suscetível de afetar o coração, fígado e outros órgãos do que a gordura nos quadris e nas coxas.
"Se tivermos uma mentalidade aberta ao examinarmos os dados, muitas vezes encontramos fatores de confusão que podem explicar as associações de doenças que atribuímos ao peso", disse Linda Bacon, uma professora de nutrição no City College de San Francisco e autora de "Health at Every Size: The Surprising Truth About Your Weight" [Saúde em todos os tamanhos: a verdade surpreendente sobre seu peso].
O condicionamento físico é um fator de confusão importante e muitas vezes não medido, e a crescente pilha de evidências paradoxais está forçando os especialistas a reavaliar sua importância.
A ligação entre obesidade e saúde deriva em parte de pesquisas como o Estudo do Coração Framingham, que acompanhou milhares de homens e mulheres desde os anos 1940. Mas Paul McAuley, um professor de educação de saúde na Universidade Estadual Winston-Salem, notou que Framingham e outros estudos longitudinais muitas vezes deixam de levar em conta a atividade física e o condicionamento.
Pesquisas que separam peso de condicionamento - como uma série de estudos realizados por Steven Blair no Instituto Cooper em Dallas - mostram que ser gordo e condicionado é melhor, do ponto de vista da saúde, do que ser magro e não condicionado. Exercícios aeróbicos regulares podem não ajudar a perder peso, mas reduzem a gordura no fígado, onde ela pode causar o maior dano metabólico, segundo um estudo recente da Universidade de Sydney.
"Com frequência, o condicionamento cardiovascular é um previsor muito mais importante de risco de mortalidade do que apenas saber o seu peso", disse Glenn Gaesser, autor de "Big Fat Lies" [Grandes e gordas mentiras] e diretor do Centro de Pesquisa de Estilos de Vida Saudáveis na Universidade Estadual do Arizona.
Em 2005, a epidemiologista Katherine Flegal analisou dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição e descobriu que os maiores riscos de morte eram associados a estar em qualquer extremidade do espectro - abaixo do peso ou severamente obeso. Os menores riscos de mortalidade estavam entre aqueles na categoria acima do peso (IMC 25 a 30), enquanto a obesidade moderada (30 a 35) não apresentava maior risco do que estar na categoria de peso normal.
Seja qual for a explicação para o paradoxo da obesidade, a maioria dos especialistas concorda que os dados projetam uma luz imprecisa sobre o papel da gordura corporal. "Manter o condicionamento é bom e manter o peso baixo é bom", disse Lavie. "Mas se você tivesse de desistir de um deles, parece que é mais importante manter o condicionamento do que a magreza. O condicionamento parece ser um pouco mais protetor."
Essa é uma mensagem que poderá levar muito tempo para chegar ao seu médico de família. "As mudanças de paradigma são demoradas", disse Bacon. "Elas também exigem coragem. Não há muitas pessoas dispostas a contestar as convenções do peso. Elas estão embutidas culturalmente, e o risco de contrariar a convenção é grande demais."
Transplante Duplo

Paciente comemora resultado

Foram quase cinco anos de espera. Hoje, Jadilson Salvador, de 42 anos, diz sentir-se “um novo homem” após passar pelo primeiro transplante duplo de rim e pâncreas com sucesso do Estado. O paciente descobriu ser portador de Diabetes tipo I aos 18 anos de idade e, com o tempo, a doença evoluiu para um problema crônico no rim, que necessitava a operação. Esta, foi realizada há cerca de um mês e meio no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), que já se preparava para este tipo de acontecimento há sete anos.

Ao todo, foram onze horas de cirurgia que possibilitaram a Jadilson uma vida de mais independência e saúde. “Graças a Deus deu tudo certo. Eu voltei a urinar normal voltei a ter glicose normal, e é nesse tipo de coisa que a gente sente a diferença. Antes eu passava até sete dias para ir ao banheiro. Além disso, ainda tinha o compromisso de ficar tomando insulina e fazendo diálise três vezes por semana. Quando a convocação aconteceu eu fiquei muito feliz, isso era o que eu mais tinha pedido a ‘Papai do Céu’ e aconteceu. Então essa é minha nova vida, eu sou um novo homem, realizado”, declarou.
No Brasil, cerca de um por cento da população possui a Diabetes tipo I, ou seja, é insulina-dependente. Desse número, 10% evoluiu com insuficiência renal, necessitando, na maioria das vezes, realizar um transplante duplo de rim e pâncreas. Porém, essa operação existe em apenas seis estados nacionais, sendo dois no Nordeste: Ceará e agora Pernambuco.

“Aqui no Imip, a gente vem há sete anos tentando trabalhar com esses transplantes. Começamos fazendo o de rim e agora conseguimos fazer os dois (rim e pâncreas). Então houve toda uma trajetória, que requer um treinamento maior e mais prolongado”, informou o médico Cristiano Souza Leão, coordenador da clínica cirúrgica do Imip. Ainda segundo ele, outros grupos de medicina do Estado já tentaram realizar a cirurgia, mas não obtiveram sucesso.

Além disso, Cristiano alerta que “os pacientes que têm direito a se eleger candidatos à cirurgia são apenas aqueles portadores da Diabetes tipo I que evoluíram para a insuficiência renal”. Os benefícios são o controle da glicemia, descartando o uso da insulina, além da diminuição das lesões causadas pela doença, como vasculopatia, distúrbio metabólico grave, que leva alteração no colesterol, e infarte.
Como doar
Critérios básicos são exigidos. Primeiramente o doador precisa ser jovem, com até 40 anos de idade. Além disso, ele precisa ser magro, com o Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 30. O doador também não pode possuir diabetes e nenhuma doença vascular. Mas os preparos também são prestados ao receptor, que precisa ser muito bem estudado em termo de vista vascular.

SERVIÇO

Imip
Rua dos Coelhos, 300, Boa Vista – Recife/ Central de Transplantes de Pernambuco: 0800 281 2185
Por que é importante consumir frutas e verduras?
Todas as diretrizes de alimentação saudável enfatizam a importância de consumir diariamente alimentos de origem vegetal, particularmente frutas e verduras, por serem ricos em vitaminas, minerais e fibras, além de terem uma quantidade significativa de água. Esses alimentos atuam como reguladores de vários processos em nosso organismo, aumentando, inclusive, a resistência às infecções. Alguns são ricos em caroteno, que é precursor da vitamina A. Ela auxilia na defesa do organismo contra infecções e protege contra certas doenças oculares, além de agir também na integridade da pele e mucosas. É o caso dos de cor amarela ou alaranjada (jerimum e cenoura), os folhosos verde-escuros (espinafre, couve e brócolis, e folhas novas de vários vegetais), as frutas não cítricas amarelas e alaranjadas (manga, pêssego e mamão), além de óleos e frutas oleaginosas (buriti, dendê e pequi).

Os vegetais de folha cor verde-escura (brócolis, espinafre, couve) são ricos em ferro, o qual tem papel no transporte de oxigênio para todas as células do corpo. As frutas são ricas em vitamina C, que auxilia na defesa contra infecções e aumenta a absorção de ferro de origem vegetal (tal qual o existente nos feijões, espinafre, brócolis, etc). Os vegetais crus, assim como cascas e bagaços de frutas, são ricos em fibras, que auxiliam o trânsito intestinal dos resíduos e ajudam a excretar uma parte do excesso de colesterol alimentar. Elas ajudam também na saciedade e atuam na absorção de glicose, retardando sua chegada na circulação sanguínea, mantendo o nível adequado nas pessoas com diabetes.
No Brasil, as carências de vitamina A e de ferro ainda acometem grande parte da população. Assim, o consumo de boas fontes de caroteno e de ferro deve ser incentivado, sobretudo em crianças e gestantes. Nosso País possui uma imensa variedade desses alimentos, o que possibilita sua utilização em diversos modos de preparo. A compra de frutas, legumes e verduras deve se basear no que está em época de safra, porque são mais baratos, mais novos e mais nutritivos, e devemos também estar atentos à qualidade e ao estado de conservação.

As frutas e as verduras também contêm carboidratos, os quais se transformam em glicose, que é a principal fonte de energia do nosso organismo. Deve-se estimular o consumo nas formas naturais desses alimentos: frutas in natura, ou no máximo em forma de sucos e refrescos extraídos na hora, verduras cruas, ou cozidas no vapor, e em sopas e outras preparações que também devem ser confeccionadas o mais próximo possível da refeição em que serão consumidos.

O uso de frutas com alta concentração de açúcar (geleias, doces e compotas, etc), e as bebidas com sabor de frutas (em conserva) não fazem parte dessa diretriz de alimentação saudável. O mesmo vale para vegetais em conserva, aos quais se adicionam sal e outros conservantes.

Frutas e verduras em geral possuem valor energético baixo, principalmente os que contêm mais água em sua composição. Isto favorece a prevenção e o controle da obesidade, principalmente quando se estimula o consumo de frutas ao invés de biscoitos, doces e outras guloseimas, e quando se incentiva o consumo variado de verduras e legumes nas refeições em que antes se consumia um excesso de farinha, macarrão e outras massas, pães, biscoitos e bolachas.

Para formar o hábito de consumir legumes e verduras, as famílias devem estimular os bebês e as crianças menores a provar uma variedade desses alimentos logo no primeiro ano de vida. Com isso, inúmeros benefícios são obtidos para a saúde como um todo, diminuindo consideravelmente o risco de obesidade, diabetes, hipertensão e doenças coronarianas.
 Reposição hormonal vira arma para obesos
Homens com baixo nível de testosterona, o hormônio sexual masculino, e que não obtiveram sucesso para o tratamento convencional contra obesidade podem ser beneficiados com a reposição hormonal, apontam estudos recentes do endocrinologista alemão Farid Saad, da área científica do laboratório Bayer HealthCare Pharmaceuticals.
Um dos estudos, apresentado em encontro da Sociedade de Endocrinologia, em Houston, acompanhou 115 homens por cinco anos, com baixos índices de testosterona. Com a reposição hormonal - seguida de dieta e exercícios -, a perda média foi de 16 quilos e a circunferência abdominal baixou de 107 para 98 centímetros.
Em outro trabalho, que revisou estudos mundiais sobre o tema e foi publicado no periódico Current Diabetes Reviews, Saad conclui que a reposição "pode ser eficaz porque melhora o humor e reduz a fadiga, o que pode motivar o homem a aderir à dieta e aos exercícios para o combate à obesidade".
"A testosterona não é medicamento antiobesidade e a reposição só deve ser feita por quem tem baixa produção desse hormônio. O que a pesquisa mostra é que a reposição hormonal otimiza a melhora de peso se estiver aliada à dieta e à atividade física", ressalta o endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia.
Redução
Os níveis de testosterona começam a cair naturalmente a partir dos 45 anos. A redução acentuada do hormônio é conhecida como andropausa e provoca perda da libido, de massa muscular, disfunção erétil, entre outros sintomas. ?O que se sabe hoje é que a obesidade pode causar a redução de testosterona de forma mais rápida, principalmente a obesidade que tem como apresentação o acúmulo de gordura na circunferência abdominal?, explica Salles.
Esse acúmulo de gordura na cintura pode reduzir a ação da insulina: além de causar predisposição para diabetes e hipertensão, causa redução na produção de testosterona. "A diminuição de testosterona leva à piora da obesidade. E a obesidade também pode levar à diminuição da testosterona. Provoca um ciclo vicioso".
O grave é que são poucos os homens que sabem sobre a andropausa e testaram os níveis de testosterona. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, com apoio da Bayer, mostrou que 66% não sabem o que é andropausa e 64% nunca fizeram testes para medir o hormônio masculino. Foram ouvidos 5 mil homens, com mais de 40 anos.
"Chama a atenção o fato de grande parte dos homens não cuidar de nada: 59% não fazem dieta, 49% não fazem atividade física, 38% não vão ao médico com frequência. No entanto, 37% usam algum remédio para disfunção erétil. Eles não sabem que a queda da testosterona pode estar ligada a essa disfunção e a reposição pode melhorar a ereção", diz Archimedes Nardozza Junior, diretor do núcleo de pesquisa da SBU e coordenador da pesquisa.
Para Nardozza, a mensagem é que o homem precisa se tratar. Ao contrário das mulheres, eles não vão ao médico. Esse é o grande mote da campanha da Sociedade Brasileira de Urologia: cuide-se, afirmou o especialista. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
 
 
Obesidade nos EUA pode afetar quase metade da população até 2030
Se os norte-americanos mantiverem os hábitos atuais de alimentação e exercício, os historiadores do futuro vão olhar para o início do século 21 como a idade de ouro dos esbeltos.
O mais recente de uma longa série de relatórios sobre a epidemia da obesidade nos Estados Unidos apresenta o quadro sombrio de costume da atualidade, em que 35,7 por cento dos adultos e 16,9 por cento das crianças entre 2 e 19 anos estão obesos, assim como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informaram no início deste ano.
Mas, pela primeira vez, o relatório da Fundação Robert Wood Johnson e da Trust for America''s Health - o nono que os grupos publicaram - também aplica uma máquina do tempo para esses dados. Usando um modelo de população e outras tendências, o relatório "F as in Fat" (algo como "G de Gordura", em tradução livre) projeta que, até 2030, a menos que os norte-americanos mudem seus hábitos, metade dos adultos dos EUA será obesos.
Com base nos dados de obesidade do CDC por Estado, lançados em agosto, o "F as in Fat" projeta taxas de obesidade de pelo menos 44 por cento em todos os Estados e de mais de 60 por cento em 13 Estados.
Como a obesidade aumenta o risco de inúmeras doenças, de diabete tipo 2 ao câncer de endométrio, isso vai significar mais pessoas doentes e custos médicos mais elevados, observa o relatório, divulgado nesta terça-feira.
Em particular, ele projeta ao menos 7,9 milhões de novos casos de diabetes por ano, em comparação com 1,9 milhão de novos casos nos últimos anos. Também pode haver 6,8 milhões de novos casos de doença cardíaca crônica e infarto a cada ano, em comparação com 1,3 milhão de novos casos por ano atualmente.
O fardo crescente de doença vai direto para o custo final, com 66 bilhões de dólares a mais em custos médicos anuais relacionados à obesidade, além dos 147 bilhões a 210 bilhões de dólares de hoje (de um total de despesas com saúde de 2,7 trilhões de dólares). 

Crianças americanas sob risco de hipertensão por comer sal em excesso

As crianças americanas consomem sal em excesso, o que aumenta o risco de sofrerem hipertensão arterial, especialmente no caso se terem excesso de peso, revelou um estudo publicado na edição da última segunda-feira (17) da revista Pediatrics.
Os 6.200 jovens de 8 e 18 anos acompanhados na pesquisa comeram, em média, 3.400 miligramas de sal diariamente, ou seja, 1.000 miligramas a mais (47%) do que o máximo recomendado (2.300 mg), afirmaram os autores.
O estudo, feito a partir de um questionário do organismo federal dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), revela que 15% sofriam de pressão alta.

Aqueles que ingeriram quantidades maiores de cloreto de sódio tinham duas vezes mais chances de desenvolver hipertensão em comparação com as crianças que comeram menos. O risco triplicou entre os jovens com excesso de peso ou obesos, acrescentaram os autores.
Um estudo feito com adultos mostrou resultados semelhantes.
"A hipertensão arterial, considerada até o momento relacionada sobretudo com os adultos, afeta agora os mais jovens devido a uma alimentação muito rica em sal e a uma obesidade crescente", lamentou Nancy Brown, presidente da Associação Americana do Coração (AHA), maior entidade privada na luta contra as doenças cardiovasculares.
"Enquanto as novas normas de nutrição nas escolas caminham na direção correta, os avanços feitos são lentos e este estudo aponta fortemente para a necessidade de irmos mais depressa, visto que nossos filhos vão sofrer em idade precoce crises cardíacas e ataques cerebrais", insistiu Brown em um comunicado.
"O sal que consumimos diariamente se torna um problema maior de saúde pública e as tentativas atuais de reduzir seu consumo nos Estados Unidos têm sido ineficazes", julgou.
Para ela, "a redução do sal na alimentação deveria ser uma prioridade nacional".
A AHA fez um apelo à agência americana que regula os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos (Food and Drug Administration, FDA) para limitar a quantidade de sal consumido a 1.500 mg por dia contra os atuais 2.300 mg.
Segundo a associação, mais de 75% do sal consumido pelos americanos provêm de alimentos industrializados e restaurantes.
Pais salvam bebê com tratamento descoberto na internet
Criticado pelos médicos, o hábito de buscar informações sobre doenças no Google é tido como "fonte de preocupações desnecessárias", por causa do número de páginas que fornecem informações incompletas ou sem contexto sobre sintomas e procedimentos. Mas nesse caso, os resultados de uma busca no Google salvaram a vida do bebê.
 
Lucy e Stuart Hay ouviram dos médicos que seu filho Thomas, que ainda estava no útero, teria menos de 5% de chance de sobreviver ao parto por causa de uma hérnia hiafragmática congênita - um "buraco" que se forma no diafragma e faz com que órgãos do abdômen como o intestino e o estômago se desloquem para o tórax.
 
A malformação ocorre em 1 a cada 3.000 gestações aproximadamente e impede o desenvolvimento dos pulmões, fazendo com que o bebê, na maioria das vezes, morra durante o parto.
 
Usando o Google, os pais de Thomas descobriram um procedimento chamado Oclusão Traqueal Fetoscópica, desenvolvido recentemente. Somente um cirurgião do King's College Hospital, em Londres, realizava o procedimento em toda a Grã-Bretanha.
 
A cirurgia consiste em inserir um minúsculo balão na traqueia do bebê, impedindo a saída normal do líquido pulmonar. Dessa maneira o fluido se acumula nos pulmões, que são forçados a crescer.
 
Por causa da operação, o bebê conseguiu se desenvolver normalmente e agora, com um ano de idade, surpreende os médicos pela recuperação total.

Riscos

Os pais descobriram a doença de Thomas durante um ultrassom de rotina aos cinco meses de gravidez, em abril de 2011. "A técnica estava quieta e muito concentrada na região do peito do bebê. Meu medo se confirmou quando ela disse que o estômago e o fígado de Thomas estavam dentro de sua cavidade peitoral e que ele tinha um buraco no diafragma", disse Lucy.
O casal ouviu que o bebê tinha cerca de 50% de chances de sobreviver e que tinha as opções de interromper a gravidez ou aguardar até o nascimento, assumindo os riscos.
"Passamos horas pesquisando online e encontramos esta cirurgia intrauterina que ainda estava sendo testada pelos médicos. Não sabíamos muito sobre ela, mas nos arrependeríamos se não tentássemos." "Nossa consultora nunca tinha mencionado a cirurgia. Ela entendeu quando dissemos que queríamos tentar, mas não recomendou, por causa dos riscos envolvidos", relembrou a mãe.
Na primeira consulta com a equipe do King's College Hospital, no entanto, o casal descobriu que o tamanho relativo do pulmão de Thomas tinha diminuído tanto que suas chances de sobreviver eram inferiores a 5%.
"Eles não conheciam nenhum bebê que tivesse sobrevivido com tantos problemas sem realizar o procedimento", afirmou Lucy.

Tratamento longo

A cirurgia laparoscópica no bebê durou 20 minutos. Através de uma incisão na barriga da mãe, que atravessou o útero e a placenta, uma câmera foi colocada na traqueia do bebê, pela boca. Depois, o balão foi inserido e inflado nos pulmões.
Lucy Hay permaneceu no hospital até o nascimento de Thomas, de parto normal, em agosto de 2011. Logo em seguida, o menino passou por uma nova cirurgia para retirar seu estômago, fígado e intestino da caixa torácica e corrigir a malformação no diafragma.
Somente em outubro, dois meses depois do parto, Lucy e Stuart puderam levar seu filho para casa pela primeira vez.
Mesmo assim, ele passou por meses de tratamentos contra infecções pulmonares e dificuldades respiratórias. Somente agora, com um ano de idade, Thomas parece completamente recuperado.
"É muito bom quando temos uma situação em que se acredita que o bebê não vai conseguir sobreviver ao nascimento e ele consegue", disse o cirurgião Kypros Nicolaides, que realizou o procedimento. "É maravilhoso para Thomas e seus pais, mas também é gratificante para os que ajudaram isso a acontecer."


 


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