Principais notícias do dia sobre diabetes e
saúde no Brasil e no mundo
Picar o dedo diariamente é um
gesto, muitas vezes doloroso, que faz parte da rotina de muitos doentes com
diabetes. Porém, um grupo de investigadores do Instituto Fraunhofer desenvolveu
um biossensor que poderá alterar esta realidade ao ser capaz de medir os níveis
de glicose através do suor ou das lágrimas, avança o portal Boas Notícias.
O biossensor em questão,
criados por engenheiros alemães, contém um pequeno "chip" que combina
medição e análise digital e pode ser ligado a um dispositivo móvel. De acordo
com comunicado do instituto, a inovação poderá fazer com que, brevemente, os
diabéticos possam deixar de parte a única alternativa disponível até ao momento
que, além de ser "uma agonia" para os pacientes mais sensíveis, pode
causar inflamações e problemas na pele.
O novo biossensor, incorporado
no organismo do paciente, efectua as medições necessárias por meio do suor ou
das lágrimas, graças a uma reacção electroquímica activada com o auxílio de uma
enzima, o que permite a o cálculo exacto e contínuo dos níveis de glicose. Além
disso, adiantam os investigadores, tem dimensões minúsculas (0.5 por 2.0 milímetros)
e consome muito menos energia do que outros dispositivos idênticos anteriores,
escreve o Boas Notícias.
"O biossensor até tem um
conversor de sinal analógico para digital, que converte os sinais
electroquímicos para dados digitais", explica Tom Zimmermann, do
Fraunhofer. Depois, o aparelho transmite essas informações através de um
sistema sem fios, fazendo-as chegar, por exemplo, ao telemóvel do paciente, e
mantendo-o sempre em alerta.
Segundo os seus criadores,
estas técnicas de medição não-invasivas poderão tornar-se a alternativa mais
comum no futuro. Além disso, antevêem, o "biochip" poderá vir a
controlar até outro dispositivo que, com base nos valores da glicose, indicará
a quantidade exacta de insulina que deve ser administrada, livrando, para
sempre, os diabéticos das incómodas picadas da agulha.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/id/12-09-12/diabetes-medir-glicose-sem-picadas-de-agulha
Encontro gratuito e aberto ao público de orientações gerais sobre
o diabetes do tipo 2
Estão abertas as inscrições para o encontro de orientação
para pacientes diabéticos que os profissionais do
Centro de Diabetes Curitiba (CDC) promovem neste sábado (15/09), das 08h30 às
11h30, no auditório do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Os pacientes
contarão com orientações de médicos e de nutricionistas do CDC, que darão
orientações gerais sobre o diabetes tipo 2, cuidados, dicas de alimentação e
novos tratamentos.
A reunião será aberta ao público e
as inscrições podem ser feitas na recepção do Centro de Diabetes Curitiba,
localizado dentro do Hospital Nossa Senhora das Graças, ou pelos telefones (41)
3023-1252 e (41) 8504-2937. A inscrição é gratuita. Estes encontros serão
mensais e acontecerão até novembro.
Sobre o Centro de Diabetes Curitiba
O Centro de Diabetes Curitiba foi criado em 1999 e usou como
modelo o International Diabetes Center de Minneapolis, nos Estados Unidos. Tem
como sócios os endocrinologistas André Vianna, Andressa Leitão, Claudio
Lacerda, Edgard Niclewicz, Luciana Pechmann e Mauro Scharf. Localizado dentro
do Hospital Nossa Senhora das Graças, o Centro de Diabetes Curitiba oferece
atendimento multidisciplinar e conta com uma equipe de médicos especializados,
além de realizar pesquisas clínicas e estudos científicos em níveis nacional e
internacional. Mais informações no site www.centrodediabetescuritiba.com.br
Pesquisa:
latinos são mais vulneráveis a diabetes tipo 2
Os latinos são mais vulneráveis do que os brancos e
os negros a armazenar gordura no pâncreas e, assim, a produzir menos insulina,
o que os torna mais propensos a sofrer de diabetes tipo 2, alertou um estudo.
"A prevenção do diabetes é o nosso objetivo", afirmou Richard
Bergman, diretor do Instituto do Coração Cedars-Sinai, em Los Angeles, e
principal autor da pesquisa, publicada nesta terça-feira na revista
especializada Diabetes Care.
"Nem todos os que têm sobrepeso ou são obesos
desenvolvem diabetes, nem todos têm resistência à insulina. Se pudermos
determinar quem é mais propenso a desenvolver diabetes e por que, podemos
avançar na prevenção", acrescentou. O estudo comparou 100 indivíduos
brancos, negros e latinos por volta dos 39 anos, de ambos os sexos, com um
sobrepeso similar e que compartilham os mesmos sintomas pré-diabéticos.
Se não for controlado, o diabetes tipo 2 pode
provocar graves problemas médicos, inclusive doenças do coração, problemas
renais, amputações e cegueira. Em geral, é associado ao sobrepeso e causado
porque a insulina não consegue metabolizar o nível de açúcar no sangue.
"Alguns indivíduos podem ser resistentes à
insulina, mas não desenvolvem diabetes porque o pâncreas consegue compensar
secretando mais hormônio. Em outros, o pâncreas não consegue compensar a
insulina, razão pela qual têm risco maior de diabetes tipo 2", explicou o
Cedars-Sinai em um comunicado.
O diabetes, sétima causa de morte nos Estados
Unidos, afeta a 25,8 milhões de pessoas no país e calcula-se que 79 milhões de
americanos sejam pré-diabéticos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de
Doenças.
Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias
Novas técnicas abrem possibilidade de
transplante de medula óssea em idosos
Mudança do perfil do
transplantado se deve à descoberta de novas drogas e à evolução de técnicas
médicas de outras instâncias para fazer os assentamentos
A descoberta de novas drogas e a
evolução de técnicas médicas têm mudado o perfil dos pacientes que recebem
transplante de medula óssea de doador – aparentado ou não. Há 15 anos, por
conta dos riscos, pessoas com mais de 55 anos não eram submetidas ao
procedimento. Hoje, hospitais particulares e universitários já fazem o transplante
naqueles com mais de 70 anos. A mudança no perfil do transplantado foi um dos
temas do 16.º Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea
(SBTMO), no mês passado.
Dois estudos recentes dão esperanças às pessoas com
mais de 70 anos que precisam de transplante de medula óssea de um doador, os
chamados transplantes alogênicos. Um deles foi o levantamento feito pelo
Registro Internacional de Transplante de Medula Óssea (CIBMTR, na sigla em
inglês), com base em outras pesquisas, que encontrou resultados similares em
pacientes jovens e idosos para o chamado transplante não mieloablativo – isso
quer dizer que a medula óssea do paciente não precisou ser bombardeada por
altas doses de radioterapia ou químio.
“Os médicos chegaram à conclusão de que nem sempre
é necessário. Pode-se dar menor dose de químio ou de rádio, só para permitir
que a célula do doador seja enxertada no paciente. Essa célula é capaz de fazer
algumas reações imunológicas e lutar contra a doença, como, por exemplo, a leucemia”,
explica Nelson Hamershlack, hemoterapeuta do Hospital Israelita Albert Einstein
e sócio fundador da SBMTO.
Essa é uma das técnicas utilizadas no Hospital
Universitário da Unicamp. “Ela reduz de maneira importante a toxicidade do
procedimento. É uma técnica consolidada no mundo inteiro e no Brasil e permitiu
que pessoas mais combalidas fizessem o transplante”, afirma o
onco-hematologista Carmino Antonio de Souza, presidente da Associação
Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Outro estudo foi feito em parceria pelo MD Anderson
Cancer Center, no Texas, e o Einstein. Nesse caso, foram analisados 79
pacientes, com idades entre 55 e 76 anos, que tiveram a medula suprimida
(transplante mieloablativo) com medicamentos mais modernos e menos tóxicos.
“Esse estudo mostrou que em pacientes sem doenças associadas, como diabetes,
hipertensão, cardiopatias, os resultados também foram semelhantes aos dos mais
jovens”, aponta Hamershlack. Dos pacientes, 71% tiveram remissão completa.
Expansão. Para o médico, os dois estudos
“documentam” que o transplante alogênico é possível em pacientes mais velhos,
dependendo do tipo de doença e a condição física. “Nosso pleito ao Ministério
da Saúde é de expandir a idade dos pacientes. Há um envelhecimento da população
por causa da melhor qualidade de vida. Nessa idade mais avançada, doenças como
leucemia e síndrome mielodisplásica são mais prevalentes”, afirma o médico. “A
SBTMO já chegou a um consenso. Há possibilidade de expandir a idade do
paciente, em vez de privá-lo dessa solução terapêutica importante.”
Hoje, a portaria ministerial estabelece que o
Sistema Único de Saúde (SUS) reembolsa gastos com transplantes autólogos (em
que são usadas as células-tronco do próprio paciente) em pessoas com até 75 anos;
transplante de doador aparentado, com supressão da medula, para aqueles com até
65, e até 60 anos para transplante com doador não aparentado.
“Uma regra dessa acabaria com a possibilidade de o
meu pai nascer de novo”, resume o advogado Diego Nicolau Rodriguez, de 29 anos,
filho do cirurgião cardiovascular Antonio Rodriguez Souza, de 74 anos, que
recebeu a infusão de células-tronco da irmã, de 82, no mês passado.
O médico, que sofria de mielodisplasia – mal
funcionamento da medula óssea, que leva à produção inadequada das células
sanguíneas –, passou pelo procedimento no Einstein, em 1.º de agosto. Durante
mais de ano, Souza foi tratado com medicamentos e transfusões de sangue, até
que o estado de saúde se agravou e o transplante se tornou a única alternativa.
“Foi traumático, mas foi um sucesso. Mostra que uma
pessoa mais velha pode tanto ser doadora como receptora. Meu pai já não tinha
chance nenhuma. Agora, poderá ver o casamento da minha irmã, daqui a seis
meses.”
Felicidade e otimismo reduzem o risco de doenças cardíacas
Pessoas felizes e
otimistas enfrentam menos risco de sofrer doenças cardíacas e derrames, segundo
uma pesquisa da Harvard School of Public Health. A pesquisa foi produzida a
partir de mais de 200 estudos e divulgada na publicação especializada
Psychological Bulletin.
Cientistas
acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a
doenças cardíacas, como alta pressão sanguínea e colesterol elevado. Fatores
como estresse e depressão já tinham sido relacionados a doenças cardíacas.
Os
pesquisadores do Harvard School of Public Health analisaram estudos médicos
variados que traziam registros sobre bem estar psicológico e boa saúde
cardiovascular.
O
cruzamento de dados revelou que fatores como otimismo, satisfação com a vida e
felicidade pareceram estar associados a uma redução no risco de doenças
cardíacas e circulatórias, independentemente da idade e status sócio-econômico
de uma pessoa, de seu peso e se ela é ou não fumante.
O risco
de doença, mostrou o estudo, é 50% menor entre pessoas otimistas, mas a
pesquisadora-sênior do Harvard School of Public Health, Julia Boehm, afirma que
a pesquisa apenas sugere uma ligação e não representa uma prova de que fatores
ligados ao bem estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.
Hábitos
saudáveis
Não
apenas é difícil medir de forma objetiva o bem estar, como outros fatores que
ameaçam a saúde, como colesterol e diabetes, pesam mais quando se trata de
reduzir o risco de doenças.
Os participantes da
pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis,
como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer
influência na prevenção de doenças.
A maior
parte de estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em
fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e
otimismo.
Maureen
Talbot, enfermeira cardíaca sênior do principal instituto britânico
especializado em doenças do coração, a British Heart Foundation, disse: "A
associação entre doenças cardíacas e saúde mental é muito complexa e ainda não
totalmente compreendida''.
"Embora
este estudo não tenha olhado para os efeitos do estresse, ele confirma o que já
sabíamos, que o bem-estar psicológico compõe uma parte importante de se ter um
estilo de vida saudável, assim como permanecer ativo e manter uma alimentação
saudável.''
"Ele
também destaca a necessidade de que profissionais de saúde ofereçam uma
abordagem completa do cuidado médico ao paciente, levando em conta seu estado
de saúde mental e o monitoramento dos efeitos desse estado mental sobre a saúde
física da pessoa", acrescentou.
''Ainda
que este estudo não tenha analisado os efeitos do estresse, ele confirma o que
sabíamos, que o bem estar psicológico é uma parte importante de se ter um
estilo de vida saudável, assim como se manter ativo e comer de forma saudável.
Ele também salienta a necessidade de que profissionais da área de saúde
forneçam um tratamento holístico em relação à saúde de uma pessoa, levando em
conta a saúde mental do paciente e monitorando os seus efeitos sobre sua
saúde', afirmou Talbot. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido
todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Estadão
ESSA NOTÍCIA É DO DIA 29/08/2012, MAS É
IMPORTANTE!!!
Planos devem dar remédios a pacientes crônicos, diz ANS
A Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) vai incentivar os planos de saúde a fornecer
medicamentos para pacientes crônicos. A intenção da medida é garantir o
tratamento para as doenças que mais atingem a população, como diabetes, asma
brônquica e hipertensão, e evitar agravamentos provocados pela falta dos
remédios ou pela interrupção da medicação. As operadoras poderão repassar os
custos para as mensalidades.
Além de oferecer
medicamentos, a agência quer criar mecanismo de acompanhamento do paciente
depois de intercorrência ou internação. "É preciso fazer com que pessoa
tome a medicação de maneira correta. É uma medida extremamente eficaz para
diminuir complicações e para que tenham vida mais longa e com mais saúde",
explica Martha Oliveira, gerente geral de Regulação Assistencial da ANS.
A ANS anunciou nesta
quarta-feira a abertura de consulta pública a fim de receber propostas para o
novo benefício. Por lei, a agência não pode obrigar os planos a oferecerem
medicamento domiciliar. A intenção é incentivar a adoção da prática pelos
planos de saúde - o que pode ser feito por incentivo financeiro e não
financeiro. A proposta não foi detalhada pela ANS.
Os planos individuais teriam de oferecer ao menos medicamentos para seis doenças - diabetes, asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, hipertensão, insuficiência coronariana e insuficiência cardíaca congestiva. Já para os planos coletivos vale a livre negociação.
Os planos individuais teriam de oferecer ao menos medicamentos para seis doenças - diabetes, asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, hipertensão, insuficiência coronariana e insuficiência cardíaca congestiva. Já para os planos coletivos vale a livre negociação.
Durante 30 dias,
entre 4 de setembro a 3 de outubro, a agência recebe sugestões para a consulta
pública. O site é www. ans.gov.br, em "Participação da Sociedade/Consulta
Pública".
Câncer
A proposta da ANS não abrange a quimioterapia domiciliar. A obrigatoriedade do fornecimento desse tipo de medicamento já está sendo tratada em projeto de lei, que tramita no Congresso. "A ANS concorda totalmente com a lógica da medicação oral para câncer ser fornecida pelo plano de saúde. A medicação para câncer vem evoluindo e a quimioterapia vem deixando de ser venosa para ser ora", afirma Martha. O fornecimento de quimioterapia oral pelos planos tem sido conquistado na Justiça.
Câncer
A proposta da ANS não abrange a quimioterapia domiciliar. A obrigatoriedade do fornecimento desse tipo de medicamento já está sendo tratada em projeto de lei, que tramita no Congresso. "A ANS concorda totalmente com a lógica da medicação oral para câncer ser fornecida pelo plano de saúde. A medicação para câncer vem evoluindo e a quimioterapia vem deixando de ser venosa para ser ora", afirma Martha. O fornecimento de quimioterapia oral pelos planos tem sido conquistado na Justiça.
Planos
A Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa 15 grupos empresariais, responsáveis por 36,6% dos beneficiários, lembrou em nota que "o oferecimento e formatação desse produto é uma decisão estratégia e comercial de cada empresa". "Experiências internacionais, conforme análise feita pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) baseada em artigos científicos publicados em revistas especializadas dos EUA, apontam tendência de crescimento na despesa com medicamentos. Até porque esses estudos não são conclusivos quanto aos benefícios sobre a saúde de contratantes de planos de saúde", diz a nota divulgada.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa 15 grupos empresariais, responsáveis por 36,6% dos beneficiários, lembrou em nota que "o oferecimento e formatação desse produto é uma decisão estratégia e comercial de cada empresa". "Experiências internacionais, conforme análise feita pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) baseada em artigos científicos publicados em revistas especializadas dos EUA, apontam tendência de crescimento na despesa com medicamentos. Até porque esses estudos não são conclusivos quanto aos benefícios sobre a saúde de contratantes de planos de saúde", diz a nota divulgada.
Casca de banana verde é a farinha da vez
Pessoas com alteração metabólica são mais
beneficiadas com composto, que pode reduzir a pressão arterial, diz estudo da
Federal de Viçosa. No entanto, perda de peso, uma das promessas, não foi
verificada
O uso de produtos como ração humana, óleo de coco e uma vasta lista de
pós feitos à base de frutas vêm ganhando espaço entre consumidores interessados
em perder peso. A farinha de casca de banana verde está entre eles e, com o
reforço de uma propaganda que ressalta poderes quase milagrosos no quesito
enxugar medidas, caiu no gosto de quem enfrenta problemas com a balança.
A comercialização do produto como pó emagrecedor levou pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) a desenvolver um estudo com a farinha. “Em função da composição nutricional das frutas e o importante papel que as mesmas exercem na redução de riscos para diversas patologias, supõe-se que as farinhas dessas frutas também exerçam tais efeitos”, explica Luís Fernando de Sousa Moraes, pesquisador do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV.
Segundo ele, além da perda de peso, outros possíveis benefícios, como redução da fome, o controle da glicemia, a melhora da função intestinal e do perfil lipídico, retardo do envelhecimento, prevenção do câncer e cardiopatias são atribuídos às farinhas. Entretanto, na visão dos especialistas, faltam estudos científicos relacionados aos efeitos em humanos. “Decidimos desenvolver a pesquisa com a farinha de banana verde. Como ela está se tornando popular, é fundamental esclarecer os efeitos desse alimento para a saúde”, diz.
No estudo, foram avaliados quesitos como perda de peso, melhoria na composição corporal e do perfil bioquímico em mulheres adultas com excesso de peso. De 40 voluntárias inicialmente recrutadas, 25 concluíram a pesquisa. Os resultados serão publicados na revista científica Diabetology and Metabolic Syndrome.
Depois de 45 dias de consumo, as voluntárias foram reavaliadas e os pesquisadores constataram que a ingestão diária da farinha de banana verde não provocou alteração no peso e na composição corporal das mulheres. Foi observado, entretanto, redução do perímetro do quadril e consequente aumento da relação cintura-quadril.
Considerando que a resposta ao consumo pudesse ser variável em função do estado metabólico das voluntárias, elas foram divididas em dois grupos: com e sem síndrome metabólica – caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares, vasculares periféricas e diabetes. Segundo Luís, no grupo com síndrome, além de redução no perímetro do quadril e aumento da relação cintura-quadril, observou-se redução da pressão arterial sistólica (aquela que tem o maior valor verificado durante a aferição de pressão arterial. Exemplo: 120x80; onde 120 refere-se à pressão arterial sistólica e 80 refere-se à pressão arterial diastólica, ambas medidas em milímetros de mercúrio – mmHg).
Já no grupo sem síndrome metabólica, nenhum parâmetro antropométrico e de composição corporal apresentou alteração significativa depois do período de intervenção. “Isso sugere que mulheres com anormalidades metabólicas apresentem resposta mais acentuada ao consumo da farinha de banana verde quando comparadas a mulheres que, embora com excesso de peso, ainda não desenvolveram a síndrome. Possivelmente, um maior benefício do consumo da farinha de banana verde é esperado no primeiro grupo”, ressalta Luís. Com relação aos parâmetros bioquímicos, o grupo com a síndrome apresentou uma redução significativa nos níveis de glicose quando comparado ao grupo sem a síndrome metabólica.
EMAGRECIMENTO Mesmo sem interferir diretamente na perda de peso e na melhoria da composição corporal, a análise nutricional da farinha de banana verde permite afirmar que seu consumo pode ser um aliado da boa saúde. Alguns dos benefícios estão relacionados ao elevado teor de amido total (73,45%), amido resistente (17,5%) e conteúdo de fibras (cerca de 14,5%) do produto. Segundo a nutricionista Fabiane Quintino Campos, as fibras são um componente funcional e estão relacionadas ao aumento da saciedade, melhor funcionamento do intestino e menor absorção de gordura pelo organismo.
Fabiane explica que a banana é uma fruta rica em vitaminas A e C. Além disso,
tem boas quantidades de triptofano, uma substância que aumenta a secreção de
serotonina (mesmo hormônio liberado quando consumimos chocolate), que aumenta a
sensação de prazer e bem-estar. Quando o fruto ainda está verde, tem a vantagem
de não apresentar sacarose (açúcar presente no fruto maduro). A casca verde é
rica em amido resistente, a substância associada à redução dos níveis de
glicemia no sangue.
Quando esse amido entra no nosso organismo, segundo a nutricionista, ele passa direto pelo intestino delgado e, quando chega no intestino grosso, vira alimento das bactérias que naturalmente vivem ali. É nesse momento que os benefícios começam, pois esstas bactérias, depois de digerir o amido resistente, produzem substâncias que são benéficas para o nosso organismo e que ajudam a prevenir várias doenças, como câncer e o diabetes. “Foi observado que o seu uso diminui os valores da glicose significativamente, inclusive em pessoas que já são diabéticas.”
A farinha de banana verde é fonte rica de potássio, fósforo, magnésio, cobre, manganês e zinco, podendo também substituir outras carboidratos por oferecer maior conteúdo nutricional que os demais tipos de farinhas existentes no mercado. É uma alternativa mais saudável ao consumo de pães e bolos ou, no mínimo, pode substituir a farinha branca em diversas preparações, garantindo mais fibras e nutrientes às refeições.
Segundo Luís Fernando, quando utilizada em substituição parcial à farinha de trigo para produção de biscoitos, a farinha de banana verde não altera as características sensoriais desse alimento, que tem boa aceitação em diferentes faixas etárias. “Issto sugere que a farinha de banana verde pode ser usada como matéria-prima de enriquecimento nutricional de alimentos, contribuindo para reduzir o índice glicêmico (IG) das refeições e melhorando a diversidade das preparações para pacientes que necessitam excluir a farinha de trigo da alimentação, como por exemplo, os portadores da doença celíaca.”
Como fazer em casa
Selecione a quantidade de banana verde (de qualquer variedade) a ser produzida. Escalde as bananas em água fervente, para tirar impurezas. Dois minutos são suficientes. Descasque a banana e corte as cascas em tiras. Coloque-as em um tabuleiro, arrumadas lado a lado. Leve ao forno e deixe torrar até ficarem bem quebradiças e esfarinhando na mão (ATENÇÃO: o forno não pode estar muito quente, caso contrário, as cascas queimarão). Passe em uma máquina de moer ou leve ao liquidificador e depois passe em uma peneira fina. Está pronta para ser consumida.
Como consumir a
farinha
Pode ser usada sobre alimentos prontos misturada a sucos; substituir farinhas tradicionais em preparações como bolos e biscoitos. A receita abaixo é uma opção:
Bolo de farinha de banana verde (sem glúten e sem lactose)
1 ovo grande caipira ou orgânico
¼ de xícara de açúcar mascavo
1 xícara de farinha de banana verde
1 xícara de farinha de arroz
1 xícara de leite de soja
¼ de xícara de óleo de canola ou de soja
1 colher de sopa de fermento em pó
3 bananas picadas em forma de rodela
Modo de preparo
Bata o ovo com o açúcar, acrescente o óleo e misture bem. Em seguida, acrescente o leite e as farinhas. Bata por 3 minutos até ficar homogêneo. Após bater bem, acrescente o fermento em pó. Bata por mais 2 minutos. Coloque numa forma untada com óleo de canola ou de soja, adicione a massa, acrescente por cima as rodelas de banana e asse até dourar.
Composição nutricional
Em 20 gramas de farinha de banana verde, a quantidade usada na pesquisa da Universidade Federal de Viçosa, são encontrados:
62 calorias
13 gramas de carboidratos
0,9 gramas de proteínas
3 gramas de fibra alimentar
22 miligramas de magnésio
Compare
O índice glicêmico (IG) da farinha de banana verde é 15,3 sendo classificada como alimento de baixo IG (menor que 55)
Outros alimentos de IG baixo:
iogurte desnatado 36
brócolis 20
Alimentos de IG médio:
banana 62
pêssego60
laranja 62
Alimentos com IG alto:
pão de forma 70
beterraba 88
mamão 100
Pode ser usada sobre alimentos prontos misturada a sucos; substituir farinhas tradicionais em preparações como bolos e biscoitos. A receita abaixo é uma opção:
Bolo de farinha de banana verde (sem glúten e sem lactose)
1 ovo grande caipira ou orgânico
¼ de xícara de açúcar mascavo
1 xícara de farinha de banana verde
1 xícara de farinha de arroz
1 xícara de leite de soja
¼ de xícara de óleo de canola ou de soja
1 colher de sopa de fermento em pó
3 bananas picadas em forma de rodela
Modo de preparo
Bata o ovo com o açúcar, acrescente o óleo e misture bem. Em seguida, acrescente o leite e as farinhas. Bata por 3 minutos até ficar homogêneo. Após bater bem, acrescente o fermento em pó. Bata por mais 2 minutos. Coloque numa forma untada com óleo de canola ou de soja, adicione a massa, acrescente por cima as rodelas de banana e asse até dourar.
Composição nutricional
Em 20 gramas de farinha de banana verde, a quantidade usada na pesquisa da Universidade Federal de Viçosa, são encontrados:
62 calorias
13 gramas de carboidratos
0,9 gramas de proteínas
3 gramas de fibra alimentar
22 miligramas de magnésio
Compare
O índice glicêmico (IG) da farinha de banana verde é 15,3 sendo classificada como alimento de baixo IG (menor que 55)
Outros alimentos de IG baixo:
iogurte desnatado 36
brócolis 20
Alimentos de IG médio:
banana 62
pêssego60
laranja 62
Alimentos com IG alto:
pão de forma 70
beterraba 88
mamão 100
Ideia bastante criativa e útil pra gente Carol,Infodiet!Demais!
ResponderExcluirAdorei a reportagem sobre o sensor de medir glicose,alem de acabar com o problema de distribuição de tiras que tantos enfrentam,é muito mais prático e põe fim as picadinhas de dedo!espero que lancem rápido apesar de que com certeza vai ser bem carinho no início...mas é muito bom ver o empenho de tantas pessoas trabalhando por dias melhores para os diabéticos!
Abraço!
Obrigada Nat!!! To aqui trabalhando para ajudar a todos, para levar mais informações e esperança a nossa família diabética!!!
ResponderExcluirBjssss