Conforme
repassei em um post anterior a SBD está ao nosso lado e estão lutando para nos
ajudar! A dra. Adriana Bosco entrou em
contato comigo para nos dar uma resposta sobre a reunião com a Secretaria de
Saúde de Minas Gerais.
Ela havia me solicitado um relatório com a opinião
e as reclamações sobre o Cepa, me pediu
as fotos e relatos com mostrando a diferença nos resultados entre outros
aparelhos e o Cepa. Fiz um relatório de três páginas, falando sobre o avanço em
nosso tratamento nos últimos anos a partir do avanço da tecnologia, falei das dificuldades que tínhamos para conseguir um
bom controle antes do surgimento do glicosímetro, que nosso direito de
tratamento adequado havia sido desrespeitado ao passar por esse retrocesso,
apresentei todos os comentários e fotos recebi. Esse relatório foi apresentado
na reunião e todos os relatos foram considerados de extrema relevância para
mostrar que o Cepa não é confiável.
Segundo
a dra. Adriana, a Secretaria enfatizou que é necessário os usuários levarem o
glicosímetro até o posto de saúde para serem calibrados e não ocorram essas discrepâncias.
(Dúvido se não haverá mais diferenças, mas vamos tentando). A Secretaria de
Saúde informou também que esse processo de aquisição e aprovação (não sei por
quem...) do Cepa ainda não pode ser suspenso. Entretanto, ele pode ser
desqualificado, a aquisição de outros Cepas impedida, enfim o contrato cancelado
e a distribuição aos usuários suspensa... Simples assim, se não se tratasse da
vida de diabéticos que se baseiam nesses resultados para se tratarem...
Enfim, a
dra Adriana Bosco pediu para os usuários
continuem repassando seus relatos, pois todos estão sendo lidos e levados ao
conhecimento da Secretaria de Saúde de
Minas Gerais.
É
isso!!! Vamos continuar mandando os nossos relatórios e esperar pacientemente,
antes que algo além da “simples” diferença aconteça, para que alguma solução
efetiva seja tomada...
Brasil
país que “espera acontecer para ver o
que acontece”!!!
Segue
abaixo o relatório que escrevi expondo minha opinião como diabética sobre o
Cepa:
“Meu
nome é Carol Freitas, moradora de Belo Horizonte/MG, sou diabética desde que
nasci e faz 33 anos que acompanho em meu dia-dia, em meu tratamento a evolução
da medicina e da tecnologia a favor dos diabéticos. Usei todas as insulinas
existentes no mercado, as seringas de vidros, agulhas de calibres altos com
seringas de vidros que tinham que ser esterilizadas diariamente. O tratamento
não era fácil, ter acesso ao tratamento adequado com menos sofrimento e com
tecnologia à favor dos diabéticos parecia um sonho distante.
Até
1985 só era possível medir a glicemia através de exames de sangue no
laboratório ou na urina com as Glicofitas ou com as fitas Keto-diastic. Entretanto, os resultados eram
apenas aproximados e nem sempre confiáveis. O surgimento do glicosímetro foi
sem dúvida um marco para o tratamento dos diabéticos e uma esperança para
chegarmos ao controle ideal.
Os
glicosímetros sempre foram caros, o meu primeiro glicosímetro foi comprado em
1993, tinha o preço de um carro zero e devido as minhas condições financeiras
as fitas eram usadas somente em caso excepcionais, com media de 3 fitas por
semana. Não havia variedade de marcas ou de fitas disponíveis no mercado, quem
podia pagar por essa tecnologia tinha um tratamento mais adequado e maiores perspectivas
em relação ao tratamento. Em 28 anos, desde o seu surgimento, os glicosímetros
evoluíram, se popularizaram e contam hoje com vários modelos no mercado.
Amparados pela Lei
11347/06 que dispõe sobre a
distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e
à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em
programas de educação para diabéticos. A partir desta lei o paciente com diabetes tem direito a receber
gratuitamente medicamentos e insumos destinados ao monitoramento da glicemia
capilar, desde que inscrito em programas de educação para diabéticos. Desde que a Lei 11347/06 foi
sancionada, mesmo com deslizes e falhas, o tratamento dos diabéticos melhorou,
sobretudo para os mais carentes que puderam receber de seus estados e
municípios um glicosímetro, tendo assim a possibilidade de terem um tratamento
digno e adequado.
É sabido que o controle da diabetes
está diretamente ligado à quantidade de medições glicêmicas diárias. Em 2008 comecei
a receber da prefeitura de Belo Horizonte todos os insumos que precisava para o
meu tratamento, entre eles o glicosímetros Active/Roche. Usando esse
glicosímetro por 5 anos não tenho nenhuma reclamação em relação a sua
qualidade, confiança em seus resultado, além da facilidade para conseguir suas
fitas, caso fosse necessário adquirir fitas além das oferecidas pela
prefeitura.
Vivo diabetes 24h por dia,
trabalho diabetes, estudo diabetes, convivo com diabéticos, sou defensoras dos
diabéticos, tenho um blog e uma legião de seguidores. Através do blog e das
redes sociais nos apoiamos, trocamos experiências, desabafamos, discutimos
nossos interesses, trocamos informações importantes pertinentes à nossa doença
e ao nosso tratamento. No inicio de 2013 ficamos surpresos e decepcionados
quando nossos munícipios começaram a distribuir o desconhecido glicosímetro
Cepa enviados pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais.
Desde então tenho recebido centenas
de opiniões, reclamações e desabafos sobre esse glicosímetro, sobretudo porque
seus resultados não são confiáveis. A maior parte das reclamações é referente a
diferença entre o resultado de glicosímetros mais populares em comparação ao
Cepa, além da insatisfação por sermos obrigados a usar um aparelho extremamente
importante para o controle e vida do diabético. Anexo II
Quando recebemos o novo
glicosímetro tentamos buscar informações sobre ele na internet, com algum representante para esclarecer nossas dúvidas,
tentamos buscar opiniões, mas nada foi encontrado, não é possível comprar esse
aparelho ou fitas avulsas em lojas especializadas e farmácias, se quer um
manual de instrução decente, como qualquer outro aparelho possuiu, nos foi
fornecido.
Sabemos e vivenciamos o perigo de
basearmos em resultados errados na própria pele, pois essa diferença de valores
pode custar nossas, sobretudo para aqueles que fazem contagem de carboidratos e
correções a partir do valor da glicemia capilar. Isso tem trazido muita
preocupação e inquietação aos diabéticos que não confiam nesse aparelho
desconhecido.
Indignação é uma palavra que
define bem o nosso sentimento hoje em relação à distribuição deste
glicosímetro. Ficamos admirados e revoltados com o a Secretaria de Saúde de
Minas Gerais ao sofrermos esse retrocesso em nosso tratamento, já que a
tecnologia tem avançado tanto a favor dos diabéticos, onde o governo estadual
diz que a saúde está em primeiro lugar. Infelizmente nessa situação a saúde e
segurança dos diabéticos não foi prioridade e a oportunidade de termos um
tratamento justo e adequado nos foi retirado.”
Anexei a evolução dos aparelhos, todos as reclamações e fotos que recebi.
Pois é fico feliz em ver que você está nos ajudando, mas o meu aparelho foi calibrado e mesmo assim esta dando diferença de resultados, agorinha por exemplo, nele marcava 310 mg;dl e no accu Chek active 264 mg/dl, tirei uma foto se quiser te envio, meu email elainesamontepedagogia@hotmail.com
ResponderExcluirO da minha filha foi calibrado pela enfermeira do posto (não foi a técnica de enfermagem, foi a enfermeira mesmo) e é assustadora as diferenças.
ResponderExcluirÉ impossível utilizar ele. Ele coloca em risco a vida do diabetico.