segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Infodiet - 15/10/12

Inf16  15/out/12
 

Principais notícias do dia sobre diabetes e saúde no Brasil e no mundo

 

Estudo sugere que terapia celular para diabetes tipo 1 avançou

Duas pesquisas em andamento na Universidade de São Paulo (USP) avançam o uso da terapia celular, com diferentes abordagens, para o tratamento do diabetes tipo 1 - também conhecido como diabetes infanto-juvenil ou insulinodependente. Os resultados mais recentes das investigações foram apresentados durante o 7º Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular, realizado em São Paulo no início de outubro.
No Centro de Terapia Celular (CTC) - um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) - a estratégia é interromper o processo de destruição do pâncreas que ocorre em portadores de diabetes tipo 1 por meio de um transplante de células-tronco hematopoiéticas retiradas da medula óssea do próprio paciente. A técnica foi idealizada pelo imunologista Julio Voltarelli, que morreu em março de 2012. A pesquisa continua sob a coordenação de Maria Carolina de Oliveira Rodrigues e Belinda Pinto Simões. Também colabora o endocrinologista Carlos Eduardo Couri.

"Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune: o próprio sistema imunológico do paciente ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Quando os sintomas começam a aparecer, é sinal que aproximadamente 80% das células já foram danificadas", explicou Rodrigues.
Se o processo de destruição for interrompido nesse ponto e as células restantes forem preservadas, segundo a pesquisadora, é possível que o paciente consiga se livrar da dependência de insulina ou pelo menos diminuir as doses. "Não falamos em cura, mas em facilitar o controle da doença e evitar complicações crônicas do diabetes, como retinopatia, nefropatia e neuropatia", disse Rodrigues.

Com esse objetivo, foi iniciado em 2004 um primeiro protocolo experimental com 25 pacientes. Eles passaram por um procedimento para coletar e isolar células-tronco hematopoiéticas da medula óssea, que foram congeladas. Em seguida, foram submetidos a uma quimioterapia agressiva para destruir o que restava da medula e de todas as células do sangue. "O objetivo é zerar o sistema imunológico, fazendo com que ele pare de agredir o pâncreas. Em seguida, infundimos as células-tronco congeladas para que elas produzam uma nova medula e novas células sanguíneas", disse Rodrigues.
De acordo com dados apresentados pela pesquisadora durante o congresso, três dos 25 pacientes permanecem até hoje livres de insulina. Outros 18 tiveram de voltar a tomar o hormônio após um período que variou entre seis meses e cinco anos, mas recebem atualmente doses menores do que antes do tratamento.

Duas pesquisas em andamento na Universidade de São Paulo (USP) avançam o uso da terapia celular, com diferentes abordagens, para o tratamento do diabetes tipo 1 - também conhecido como diabetes infanto-juvenil ou insulinodependente. Os resultados mais recentes das investigações foram apresentados durante o 7º Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular, realizado em São Paulo no início de outubro.
No Centro de Terapia Celular (CTC) - um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) - a estratégia é interromper o processo de destruição do pâncreas que ocorre em portadores de diabetes tipo 1 por meio de um transplante de células-tronco hematopoiéticas retiradas da medula óssea do próprio paciente. A técnica foi idealizada pelo imunologista Julio Voltarelli, que morreu em março de 2012. A pesquisa continua sob a coordenação de Maria Carolina de Oliveira Rodrigues e Belinda Pinto Simões. Também colabora o endocrinologista Carlos Eduardo Couri.

"Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune: o próprio sistema imunológico do paciente ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Quando os sintomas começam a aparecer, é sinal que aproximadamente 80% das células já foram danificadas", explicou Rodrigues.
Se o processo de destruição for interrompido nesse ponto e as células restantes forem preservadas, segundo a pesquisadora, é possível que o paciente consiga se livrar da dependência de insulina ou pelo menos diminuir as doses. "Não falamos em cura, mas em facilitar o controle da doença e evitar complicações crônicas do diabetes, como retinopatia, nefropatia e neuropatia", disse Rodrigues.
Com esse objetivo, foi iniciado em 2004 um primeiro protocolo experimental com 25 pacientes. Eles passaram por um procedimento para coletar e isolar células-tronco hematopoiéticas da medula óssea, que foram congeladas. Em seguida, foram submetidos a uma quimioterapia agressiva para destruir o que restava da medula e de todas as células do sangue. "O objetivo é zerar o sistema imunológico, fazendo com que ele pare de agredir o pâncreas. Em seguida, infundimos as células-tronco congeladas para que elas produzam uma nova medula e novas células sanguíneas", disse Rodrigues.
De acordo com dados apresentados pela pesquisadora durante o congresso, três dos 25 pacientes permanecem até hoje livres de insulina. Outros 18 tiveram de voltar a tomar o hormônio após um período que variou entre seis meses e cinco anos, mas recebem atualmente doses menores do que antes do tratamento.

Outros quatro pacientes não conseguiram se livrar da insulina e nem reduzir a dose. "Três deles tinham histórico de cetoacidose, uma complicação comum em pacientes com estágio avançado da doença. Provavelmente, esses voluntários que não reagiram ao tratamento já não tinham mais células produtoras de insulina para serem salvas", contou Rodrigues.
Com base nos dados preliminares do primeiro experimento, a equipe iniciou um novo protocolo em 2010. "As análises indicaram que a quimioterapia não foi forte o suficiente para destruir todas as células sanguíneas em alguns pacientes, então estamos testando um tratamento ainda mais agressivo", disse.

Até o momento, apenas dois voluntários foram submetidos à quimioterapia e ao transplante. A equipe aceita inscrições de novos candidatos maiores de 18 anos e diagnosticados há menos de cinco meses. Os interessados devem enviar e-mail para tmoautoimune@gmail.com.
Paralelamente, em outro protocolo experimental iniciado em 2008, os pesquisadores do CTC tentaram modular o sistema imunológico de oito pacientes diabéticos por meio de aplicações de células mesenquimais. "Essas células estão presentes em praticamente todos os órgãos do corpo humano e auxiliam no suporte dos tecidos, ajudam na nutrição e produzem fatores de crescimento. Nós as retiramos da medula óssea apenas para facilitar a coleta", disse Rodrigues.

Nesse caso, as células mesenquimais são retiradas de um parente do paciente diabético. A expectativa dos cientistas é que elas consigam combater a inflamação no pâncreas e ajudar na regeneração do órgão. "Existe ainda uma terceira hipótese, menos provável, de que as células mesenquimais seriam capazes de migrar e de se diferenciar em células do pâncreas produtoras de insulina. Isso ainda precisa ser estudado", disse.
A resposta, no entanto, não foi animadora nos primeiros pacientes tratados e a equipe pretende iniciar um novo experimento em 2013. "A ideia é aplicar quantidades maiores de células mesenquimais. Como é um tratamento de baixa toxicidade e não envolve quimioterapia, poderemos testar em pacientes entre 5 e 35 anos", disse Rodrigues.

Cápsula protetora
No Núcleo de Terapia Celular e Molecular (Nucel), coordenado pela professora Mari Cleide Sogayar e vinculado ao Instituto de Química e à Faculdade de Medicina da USP, a estratégia é encapsular as ilhotas pancreáticas - conjuntos de células produtoras de insulina - com um material biocompatível capaz de evitar a rejeição após ser aplicado no organismo do diabético. "O método tem funcionado muito bem nos testes com animais. Implantamos ilhotas de ratos em camundongos para provar que a cápsula é mesmo capaz de evitar a destruição das células pelo sistema imunológico", disse Sogayar.

As cápsulas contendo ilhotas de rato são implantadas no peritônio, membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e recobre órgãos como o estômago e intestino. "Evitamos mexer com o pâncreas, pois ele é muito sensível e se inflama com facilidade. As ilhotas passam a produzir insulina em outra região", explicou.
Após o tratamento, os camundongos diabéticos livraram-se completamente da insulina, segundo Sogayar. "Depois de 250 dias, retiramos as cápsulas dos animais por meio de uma lavagem do peritônio e conseguimos mostrar que as ilhotas estavam intactas. Os camundongos, por outro lado, voltaram a ficar diabéticos", disse.

Como um camundongo vive aproximadamente um ano, é possível afirmar que o tratamento mostrou eficácia por quase toda a vida do roedor. "Mas em humanos, se for necessário, as cápsulas podem ser substituídas depois de algum tempo", disse a pesquisadora.
Para facilitar esse procedimento, a equipe do Nucel trabalha, em colaboração com a empresa CellProtect (spin-off do Nucel), no desenvolvimento de um dispositivo, provavelmente subcutâneo, que armazenaria as cápsulas com as ilhotas e funcionaria como um pâncreas artificial. "Um tubo ficaria para fora da pele e facilitaria a substituição das cápsulas, quando necessário. Mas primeiro precisamos descobrir como manter a irrigação sanguínea no local. Uma possibilidade seria usar fatores peptídicos como o VEGF (vascular endothelial growth fator) recombinante, que já é produzido pelo Nucel", disse Sogayar.

Embora a ideia de encapsular as ilhotas tenha sido desenvolvida em pesquisas internacionais, a equipe coordenada por Sogayar conseguiu aperfeiçoar o método e criou um novo material biocompatível contendo uma proteína chamada laminina, que foi patenteado com o nome de Bioprotect. "A grande vantagem em relação ao transplante de ilhotas, feito com células de um doador humano cadáver para o paciente diabético tipo 1, é que as cápsulas dispensam o uso de drogas imunossupressoras, que possuem efeitos colaterais importantes. Além disso, há poucos doadores de órgãos", disse Sogayar.
"No futuro, acrescentou, a ideia é transplantar cápsulas contendo células-tronco diferenciadas em células produtoras de insulina ou, até mesmo, ilhotas de porcos em humanos", disse Sogayar.


 

Lojas investem em produtos para pessoas com diabetes em São José


São José dos Campos tem, atualmente, 44 mil moradores com o diagnóstico de diabetes, de acordo com a Secretaria da Saúde.

A demanda tem aquecido o mercado de produtos especializados para as pessoas que precisam controlar a ingestão de produtos com açúcar.

Os médicos afirmam que alguns tipos de diabetes estão diretamente ligados ao sedentarismo e a obesidade, reflexos do ritmo cada vez mais acelerado em que a sociedade vive.

Para quem não costuma fazer exames de rotina, ficar atento a alguns sintomas pode ajudar no diagnóstico e no tratamento, como explica a médica Alcione Fernandes. “Paciente que começa a sentir muita sede, urinar muito, a ter muita fome, fraqueza e perder peso, essa é a síndrome clássica do diabetes”, elencou.

Farmácias e supermercados vendem produtos sem açúcar como chocolate, leite condensado, doce em compota, mas na cidade já tem uma loja especializada em produtos para diabéticos, que além de medicamentos e alimentação, é possível adquirir acessórios como escovas de dente especiais, que evitam sangramento, e meias que não prejudicam a circulação do sangue.

“São produtos diferenciados que servem para ajudar a vida do diabético, para evitar que eles tenham problema. Além de a gente ter mais produtos no mesmo local, a gente consegue dar uma orientação ao diabético quanto ao tratamento”, disse Ana Isabel dos Santos, dona da loja.

Tratamento
A cada três meses a dona de casa, Magali Moreira, vai ao posto de saúde. Ela verifica o peso, a circunferência abdominal, a pressão e a quantidade de glicose no sangue. Exames que servem para acompanhar a evolução do quadro de diabetes, diagnosticado há dois anos. “Para ver se não precisa trocar de remédio, se eles estão reagindo bem ao meu corpo”, explicou.

O diabético precisa se cuidar, evitando doces e frituras, praticando exercícios físicos e fazendo exames periódicos para verificar as taxas de glicose no sangue.

A dona de casa Maria Aparecida Silva tem a doença há 30 anos e convive com o diabetes sem perder a alegria. Ela reforça os cuidados a serem tomados para lidar com o problema. “Faça caminhada, mude a sua alimentação, tenha uma vida saudável e fique de boa. Viva 30 anos bons, como eu”, contou.

Endereço
A loja fica na Rua Prudente Meireles de Morais, 281, no bairro Vila Adyana.


 

Jovem demais para ter um AVC? Pense duas vezes

Embora a maioria dos acidentes vasculares cerebrais ("derrames") ocorra em maiores de 65 anos, 10% a 15% deles afetam pacientes com 45 anos ou menos.
Um estudo da Universidade Estadual Wayne feita com 57 jovens vítimas de derrames, o Programa de AVC do Centro Médico de Detroit, em Michigan, mostrou que uma em cada sete pessoas recebeu diagnóstico errado e foi para casa sem tratamento adequado.

"Embora vítimas jovens de AVCs se beneficiem mais do tratamento precoce, isso precisa acontecer dentro de quatro horas e meia", diz o neurologista Seemant Chaturvedi, que comandou o estudo. Após 48 a 72 horas, não há muito a fazer para ajudar o paciente, segundo ele.
"Sintomas que surgem repentinamente, mesmo que pareçam triviais, exigem um exame meticuloso", acrescentou.

O estudo de Detroit mostrou que pacientes atendidos por um neurologista no pronto-socorro, e também os que passaram por exame de ressonância magnética como parte do exame inicial, tinham menos propensão a receber um diagnóstico errado.
Os EUA registram um forte aumento na incidência de AVCs entre pessoas de 30 a 50 anos, por causa de uma elevação nos fatores de risco -obesidade, diabetes, hipertensão, apneia do sono- e de melhoras nos diagnósticos. Mas os pacientes mais jovens não se tornaram mais aptos a reconhecerem os sintomas de um AVC.

"Apenas 20% a 30% dos pacientes chegam ao pronto-socorro em três horas a partir do aparecimento do sintoma", diz Chaturvedi.
Todd McGee, aos 34 anos, era um atlético trabalhador da construção civil e vivia em Martha's Vineyard, Massachusetts. Um derrame mudou sua vida para sempre. Com um braço inútil e dificuldade para falar, McGee, hoje com 40 anos, não pode trabalhar. Tudo demora mais, e ele tem problemas de concentração.

"Eu definitivamente queria ter minha vida antiga de volta, construir casas e barcos e surfar no meu tempo livre", afirmou ele.
Uma cefaleia que McGee descreveu como "a pior dor da vida" o levou ao pronto-socorro. O médico atribuiu a dor a uma tensão muscular, deu-lhe um analgésico e o mandou para casa.

Logo depois, ele sofreu o que pensava serem efeitos colaterais do remédio. Agora sabe que se tratava de um ataque isquêmico transitório, um pequeno AVC.
Chaturvedi disse que o aparecimento súbito dos seguintes sintomas deve motivar uma ida ao hospital: dormência ou fraqueza em um dos lados do corpo, confusão ou dificuldade na fala, dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos, tontura ou perda de equilíbrio e/ou coordenação e uma dor de cabeça forte e repentina, sem causa aparente.

"Uma tomografia não mostra AVCs muito bem nas primeiras 24 horas", diz Chaturvedi.
Se o diagnóstico é incerto, a ressonância magnética deve ser feita, e um neurologista precisa ser consultado.

"Os pacientes precisam ser proativos, insistirem em um exame minucioso e pedirem para se consultarem com um neurologista", afirmou.

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