sábado, 29 de dezembro de 2012

Para aqueles que ainda não aceitam o diagnóstico

Até mesmo porque sou muito otimista, acho muuuito importante falar sobre aceitação do diagnostico!!! Postei uma mensagem em meu perfil do facebook sobre algumas mamães que não aceitam o diagnóstico e lá recebi alguns retornos com várias opiniões diferentes e mensagens de incentivo...
 
Esse foi o texto:
 
" Eu já tive a oportunidade de dizer que não faço ideia de como seria a minha própria reação se eu descobrisse minha diabetes adulta ou de um filho diabético!!! Apenas fico pensando que sofrer eternamente não nos leva a lugar nenhum...
Passado a ra...iva, tristeza e o susto do diagnóstico é necessário aceitar a nova realidade... 2,3, 5, 10 agulhadas por dia, insulinas, contagem de carboidratos, glicemias na ponta dos dedos, rodízios para aplicar insulina são indispensáveis e imprescindíveis para o tratamento do diabético. Revolta, sofrimento, depressão, superproteção, fingir que não é com o seu filho, fugir ou ignorar o tratamento só vai piorar tudo e diabetes não acontece por culpa de ninguém!!!
Na minha opinião, INCENTIVO e COMPREENSÃO são palavras essenciais para esses momentos... Se necessário acho importante procurar ajuda em associações, de psicólogos, de outros médicos, etc....
Com o apoio da família a criança diabética continuará sua vida ativa, saudável e feliz, além de tornar-se um adulto consciente e tranquilo em relação à diabetes!!! É o que tenho dito: diabetes escolhe os fortes e fomos escolhidos..."
 
 
 
Veja aqui alguns comentários interessantes que recebi com opiniões de mães que já aceitaram, outras que demoraram, outras que ainda estão aceitando e alguns diabéticos:
 
"Nós (e nossas mães).. somos provas viva de que é possível ter uma vida tranquila!! São mais de 30 anos de diabetes (no meu caso, 35 anos) e fiz tudo o que uma pessoa não diabética poderia fazer. Viajei sozinha (sem os pais) na adolecência, fiz muito esporte, estudei normalmente, trabalhei, me casei, pratiquei esportes radicais e estou pronta ainda para outras e novas aventuras conscientes. Hoje em dia o tratamento é muito mais acessível tanto financeiramente quanto em qualidade de informação disponível.. Entendo o susto, a frustração .. mas é importante saber que não é o fim do mundo, não é verdade?" Patrícia Leão, diabética há mais de 30 anos, linda e saudável
 
" Calma pessoas muita calma nessa hora, recém descoberta é muito tenso, isso leva um tempo para aceitar, eu passei por isso 2 vezes posso dizer com propriedade tudo na teoria é muito lindo na prática as coisas não são bem assim. Aceitar é preciso para cuidar como tem que ser para não colher frutos horríveis no futuro. Mas é muito dolorido ver seu filho sofrendo com essa maldita doença, eu mesma já tenho 6 anos nessa luta diária, faço tudo ao meu alcance para meus filhos terem uma qualidade de vida normal, mas sofro muito com isso. Essa semana mesmo Arthur teve uma convulsão quase morreu, estou assustada ainda e pra mim acabou espirito de natal perspectiva para o ano novo, é assim o que mexe com filho da gente é pior que se fosse conosco. Ela vai cair em si afinal mãe é mãe." Irene Silva, mamãe de dois docinhos
 
" Quando Alice foi diagnosticada, chorei, fiquei com medo que a vida dela fosse ficar horrível com a condição crônica, fiquei com medo das complicações que pudessem vir no futuro. Tive a sensação de ter sido atropelada por um trem, quando recebi o diagnóstico. Reagi a isso indo atrás de informações. Disse para mim mesma: vou virar especialista nesse negócio e vou usar toda a minha capacidade para que minha filha tire de letra e incorpore bem isso na vida dela. E assim fiz e faço até hoje. Não virei especialista (ainda), mas estou chegando lá. rsrs Se drama trouxesse a cura, eu faria questão de reunir todas as mães para uma grande encenação de uma tragédia grega. Mas não. Drama não resolve nada e deixa a criança insegura e revoltada com a própria situação." Ana Beatriz Linardi, mamãe de uma docinha adolescente
 
"A descoberta é comparável à dor mais dolorida deste universo. Entretanto, os dias subsequentes nos apresentam uma vida normal, saudável, gostosa, divertida e aceitável. Força pra quem precisa, paciência pra quem deseja e fé pra quem sabe que há Deus e Seu Filho no comando!" Maria Amanda, mãe de uma docinha
 
" Entendo, de coração e literalmente, tudo o que esta mami está vivenciando...A nossa primeira reação é esgotar os exames em todos os laboratórios para ter certeza se algum deles não se equivocou no resultado, pois como pode acontecer uma enfermidade desta com nosso filho, já que em nossa família não tem nenhum caso? Só pode ser um pesadelo! Esta foi a minha primeira reação, quando vi a glicose do Patrício altíssima! E quando o pediatra indica o endócrino com urgência e ele, em seguida, entrega o glicosímetro para monitorarmos a glisose de 2h/2h? Opa, nós não, a criança, pois eles têm de aprender a lidar com a diabetes desde pequeninos...Meu Deus, eu não acreditava no que eu escutava... E com a esperança de a glicose voltar ao normal...Pobre esperança...No outro dia, quando a endócrino viu os resultados, foi logo explicando o que era DM1, eu sempre feliz, para o Patrício também aprender a conviver com Sonic(Lantus) e Massa Cinzenta(Apidra).E o difícil, são aquelas mães que os filhos não podem nem levar um simples tombo com uma pedra que já ficam chorando de nervosas e chegam para a gente e dizem: olha, isto é besteira, pior é câncer. Amigas, este tipo de comentário é egocêntrico e de mau gosto!!! Não sei como uma mãe consegue pronunciar este tipo de frase... São pontas de dedo várias vezes ao dia, hipoglicemias, em seguida hiperglicemias...Mas, com o passar do tempo, vemos que nossos pequenos são heróis e que o tamanho do problema é nós que fazemos.Devemos procurar sempre nos unir e trocar nossas experiências, em prol de nossos pequenos grandes heróis...!" Patrícia Arruda, mamãe de um docinho
 
" Parabéns, muitas pessoas precisam ler isto é a pura verdade, ter um filho diabetico e muito difícil mas não é o fim. Quando descobri que o david estava com dm1 fiquei muito deprimida, mas comecei a pesquisar na internt e procuro cuidar dele o melhor possível e ensinar a ele se cuidar tambem" Andrea Maria, mãe de um docinho
 
Achei muuuito bacana ter várias opiniões e ver como lidamos com a mesma sistuação de formas tão diferentes... Além de perceber como cada experiência é importante e como nos ensina alguma coisa...
 
E você, como reagiu ao diagnóstico de Diabetes Tipo 1???

3 comentários:

  1. Meu mundo desabou...eu, a minha docinho e meu filho sofremos muito....depois do diagnostico chegamos em casa e a unica coisa que fizemos foi chorar.....e o que me deu forças pra continuar foi o empenho do meu filho, q aos 10 anos deixou de ser simplesmente irmão pra ser pai, amigo e conselheiro, dia 09/06/2010....meu filho se revoltou não sei o que foi e pediu pra ligar pro pai deles e se impôs e o fez ver que, com a ausência do pai ele tinha se transformado num adulto precoce e que ao longo de 14 anos ele tentou suprir a necessidade da doce Gaby como pai mas, que sabia que nem sempre conseguia porque ele é apenas irmão...nossa isso me marcou muito e pude ver que eu não estava e nem nunca tinha estado sozinha, que o meu filho era e é ate hj alguém que está do meu lado me dando forças e me encorajando na batalha que é o nosso dia a dia com a Dm1 da Gaby.
    Sofro, choro por nao saber quase nada, queria ter mais conhecimento e ate mesmo condiçao de fazer uma vida diferente, queria minha gaby sem dm, mas essa é a vontade de Deus....e Ele sem duvidas tem um proposito nas nossas vidas. Mas nunca deixei de acreditar que a cura virá e ainda teremos muito o que falar de uma estoria de hj que amanha será passado!

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    1. Oi flor, você não está sozinha, viu...
      O mais importante é que hoje vocês estão melhores.
      Conte comigo sempre que precisar!!! ;)
      Bjs com carinho
      Carol

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  2. Adorei. As "passagens-ensinamentos" que cada uma de nós é capaz de viver faz com que nos fortaleçamos a cada ciclo de 24 horas... A vida é o grande objetivo e acredito que a DM1 é só uma pitada a mais nesse deguste de viver e ser feliz! Estaremos juntas sempre! Beijos meus. Amanda

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